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Procurador defende contagem pública de votos na Assembleia Legislativa

Felipe Gimenez discursou na Assembleia Legislativa, a convite do deputado estadual João Henrique Catan (PL)

Por APREMS
25/10/2022 · Notícias

O procurador do Estado de Mato Grosso do Sul, Felipe Marcelo Gimenez, ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso do Sul (Alems) nesta terça-feira (25) para defender a “contagem pública de votos”, que ocorre por meio da manifestação do voto feita por meio de cédulas impressas. O servidor da PGE (Procuradoria-Geral do Estado) foi convidado pelo deputado estadual João Henrique Catan (PL).
Gimenez disse que países como Alemanha, Japão e Dinamarca não adotam o sistema eletrônico de votação. “Em resumo, a Corte Constitucional alemã decidiu que, qualquer cidadão deve atestar a sua vontade pelo voto. Por isso a expressão ‘deixe a urna parir meu voto’”, afirmou.
Diferentemente do que diz o procurador, o Tribunal Constitucional Federal da Alemanha decidiu em 2009 manter o sistema manual de votos após diversos testes com sistemas eletrônicos não gerarem confiança no público.
De acordo com o Jornal Midiamax, a frase citada por Gimenez estava estampada em um cartaz no auditório do Plenário Deputado Júlio Maia. Ele chegou a afirmar não reconhecer a votação eletrônica.
“O voto puramente eletrônico não existe. Porque depende dos requisitos constitucionais do voto. Há uma ilusão implantada há 26 anos neste País fundamentada em sofismas. Basicamente, o ato de contar votos deve respeitar o princípio da publicidade”, declarou.
A Justiça Eleitoral, por sua vez, alega em suas páginas oficiais, que sistema brasileiro de votação tem várias etapas de auditoria e fiscalização, começando até um ano antes de cada pleito. Toda a preparação das urnas é aberta ao público e as urnas emitem boletins que atestam a votação, garantindo o sigilo de cada voto.
Gimenez discursou por dez minutos, sem que qualquer um dos deputados estaduais pedissem aparte para contestar suas alegações. Três parlamentares estavam no plenário e outros ouviam por videoconferência, mas ignoraram a fala.
O procurador já participou de audiências públicas no Congresso Nacional defendendo o voto impresso. Ele também já participou de live com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL/SP).